Você está lançando um DVD ao vivo agora, em uma época que outros artistas como Justin Bieber e até mesmo Restart lançaram livros de biografia com o show ao vivo. Você chegou a cogitar isso também? Você tem plano de fazer?
Não, não. Por enquanto a gente está muito focado nesse trabalho, nesse DVD, que ficou muito legal, eu gostei muito do resultado final. A gente, durante dois meses, teve ideais diferentes, queria exatamente isso aí, que fosse uma megaprodução, que fosse um supershow, com tecnologia pra caramba, porque eu acho que a galera do Brasil merece isso. Merece uma superprodução, com tecnologia, pra não ter que esperar show gringo... E as músicas também, acho que a gente conseguiu inovar sem sair do estilo do primeiro trabalho que a gente já tinha feito. Porém, biografia, essas coisas, por enquanto, não.
Eu quero saber das tecnologias, no seu show você voa, onde você busca inspiração? E o que você achou do show do U2 que também tem muito disso?
Cara, eu adoro esses shows gringos por causa disso, eu sou bem ligado nessas coisas. Cada coisa eu tiro ideia a partir de outra coisa. O negócio de voar eu vi no N’Sync, os caras do N’Sync voando, os cinco em cima da galera. O catapulte foi usado pelo Michael Jackson há muito tempo e iria ser usado na turnê This Is It. E os fogos, o ataque de CO2 eu vi no Black Eyed Peas. Então, eu pesquisei bem a fundo o que tinha de novidade no mercado. O Anderson, meu empresário, fez uma visita à feira musical que tem na Alemanha, feira de efeitos especiais, e trouxe essas novidades, a máquina de CO2 ele trouxe de lá e como eu sempre gostei muito disso, desde o começo a gente tinha isso na cabeça.
Luan, o que vai ser possível levar para a turnê de estrada do que você apresentou no DVD?
Então, a única coisa que falta a gente adaptar para a estrada, que foi usado no DVD e que ainda não tem é a parte do vôo. O resto todo a gente conseguiu adaptar. Claro que de forma muito menor porque não podia ser transportado, vamos fechar o ano com 18, 20 shows por mês e fica meio inviável se for uma coisa muito grande, muito difícil de transportar. Então a gente fez tudo de forma muito menor, lógico, mas bem em cima do DVD. A galera vai assimilar bastante o show de estrada com o DVD.
E os planos pra você fazer show no exterior? Como que está isso?
Então, estamos esperando que as músicas novas do DVD fiquem na boca da galera, o que já está acontecendo, graças a Deus! Amar Não É Pecado está na novela Morde & Assopra, Um Beijo é primeiro lugar na lista das mais tocadas das rádios do Brasil. Eu acho que uma música que promete bastante também é As Lembranças Vão Na Mala, que é uma composição minha e tem uma pegada bem rock-light. Eu sou muito de ouvir essas coisas também, Nickelback, Creed, então, eu tenho uma influência disso, sem sair do sertanejo, lógico. Depois que essas músicas começarem a tocar bastante, a gente vai pegar as melhores desse trabalho e do outro e vamos gravar em outra língua. Já temos projeto de gravar em espanhol pra conquistar o mercado latino, com certeza.
Como surgiu o convite para a Ivete Sangalo participar desse trabalho? E como foi o contato de vocês nos bastidores?
Eu conheci a Ivete Sangalo no Melhores do Ano de 2010, quando eu ganhei o troféu Revelação. Em um primeiro momento ela não ligou Meteoro à minha imagem, entendeu? Ela não percebeu que quem cantavaMeteoro era eu, até porque a gente estava começando a entrar na mídia, mas desde o primeiro momento ela foi supersimpática, a gente começou a se falar depois disso... E o convite surgiu, eu liguei pra ela, ela atendeu e já aceitou prontamente, não teve frescura e disse “Vambora, vamos gravar!”. Eu queria muito misturar o sertanejo com outro estilo, com o axé. E eu acho que combinou muito porque é um dueto, tem a parte do homem e a parte da mulher, essa coisa bem direta. Eu tinha muita vontade de gravar uma coisa assim. Tocou muito no Carnaval e tá tocando até hoje.
Por que você resolveu gravar esse DVD especialmente no Rio de Janeiro?
Existiam regiões do Brasil que tinham uma certa barreira, uma resistência ainda com o estilo sertanejo e de uns tempos pra cá a gente vê que essa barreira foi quebrada. A gente vê balada sertaneja no Rio de Janeiro sem parar e o sertanejo entrou de uma maneira muito forte na cidade. Pra nós é uma honra ter, talvez, começado com isso. Queríamos provar pra galera que o sertanejo entrou, sim, no Rio, tanto que a gente gravou um DVD lá.
Como foi a experiência de trabalhar como ator? Em Morde & Assopra você não participa de um capítulo só, né? Foram dois ou três dias... Como você sentiu isso? Passou pela sua cabeça dar uma de Daniel e ser protagonista de um filme?
Então, primeiro, eu acho que eu não levo muito jeito pra ser ator. Nas duas participações que eu fiz em novela – em Malhação no começo de 2010 e em Morde & Assopra agora – eu fui levar um show meu, então, eu nunca deixei de ser eu mesmo, eu nunca interpretei papel, nunca fiz nenhum personagem. Eu acho que eu não levo jeito pra ser ator. Meu negócio é cantar, meu negócio é palco mesmo.
Qual foi sua preparação para gravar esse DVD? O que você fez de diferente?
Então, antes da gravação do DVD eu estava nervoso demais. A minha fonoaudióloga me acompanhou durante toda a semana pra que eu chegasse com a voz impecável no dia da gravação. Na verdade, não teve muita preparação porque eu tava nervoso demais, eu não ia conseguir fazer nada... A gente reuniu a banda inteira, eu conversei com os convidados para que eles ficassem tranquilos, mas eu estava muito nervoso pra deixá-los tranquilos! No fim gente reuniu a banda inteira e rezamos pra caramba... Mas não teve nenhuma preparação específica.
E agora, com o lançamento, qual a sua expectativa?
Então, a gente espera que esse DVD supere o número de vendas do primeiro. Ano passado a gente fechou como maior vendedor de discos com Luan Santana Ao Vivo e por esse trabalho ser muito maior, por esse projeto ter sido um show muito mais grandioso, esperamos que seja bem maior a venda também. A expectativa é da melhores possíveis, as músicas estão na mesma linha do primeiro DVD, é lógico que sempre inovando e a gente já começou com o pé direito, com a música na novela, Um Beijo em primeiro lugar, tá muito bom!
Você conseguiu lotar uma casa no Rio com adolescentes. No DVD, a gente vê algumas chorando, se descabelando, esgoelando... Eu queria saber como é que você lida com esse assédio? Você já correu algum perigo nas mãos de uma delas?
Esses dias teve um show no interior de São Paulo e na hora em que eu saí do palco eu vi que ela estava escondida debaixo da escada. Eu tô até agora com a marca aqui no braço. Tá um roxão meio verde, porque ela conseguiu apertar as unhas em mim. Mas eu acho que cada fã tem a sua forma de demonstrar o seu carinho e eu consigo, graças a Deus, respeitar as pessoas. Tem as mais atiradas, as mais recatadinhas, mas o importante é que todas são fãs e todas me ajudaram a chegar onde eu estou. Eu adoro esse assédio, eu adoro essa proximidade. Sempre que eu posso estar próximo delas eu fico. Tanto que no DVD, eu não quis o palco muito alto pra não ficar muito longe. Eu gosto da proximidade do público.
Luan, você não tem uma carreira internacional ainda como a Ivete não tinha, mas ela fez um show noMadison Square. Você tem uma produção digna de show internacional. Você pensa em levar esse show pra fora do Brasil, para brasileiros que moram fora do Brasil?
Com certeza. Não só para brasileiros, eu acho que a gente tem que pensar grande, tem que ir além. É aquilo que eu falei, vamos só esperar um pouco mais do lançamento, vamos escolher algumas músicas desse, algumas músicas do passado, gravar em outra língua e levar o nosso show pra lá, se Deus quiser. Com certeza!
Queria que você falasse um pouco mais da participação do Zezé e do Luciano que acho que devem ser ídolos, exemplos pra você na sua carreira.
Sempre fui muito fã deles. Quando eu nasci, em 91, foi o ano que eles estouraram com É o Amo re eu cresci vendo o sucesso, vendo a história de vida deles e me inspirando na história de vida e na musicalidade deles também. No primeiro CD, eu gravei Apaixonado / A Loira do Carro Branco que é uma música mais curta e, acima de tudo, uma história bacana. Nesse segundo, eu queria fazer a mesma coisa e gravar uma música mais curta, com uma história bacana também. Aí eu escolhi Amor Distante que é do Trio Parada Dura, de quem eu, o Zezé e o Luciano somos muito fãs. A segunda é Inquilina de Violeiro que é de uma dupla lá de Mato Grosso, chamada Cacique e Pajé, que também é uma história muito bacana.
Eu vi no DVD que você vai doar os lucros para a caridade. Queria que você falasse um pouco sobre isso.
Na verdade eu faço isso desde o primeiro DVD, a gente doa tudo o que eu ganho, toda a minha parte, que eu ganho com CD e DVD, a gente doa para as entidades. Já tem as entidades certas que a gente ajuda, inclusive, há algum tempo atrás, a gente conseguiu reformar o hospital da AACC lá de Campo Grande. Cada suíte tem o nome de uma música nossa. Eu acho isso muito importante. Acho que isso é dever de todo cidadão que tem condições de ajudar e tudo o que eu vender desse CD e DVD vai ser doado.
Luan, a gente ouviu alguns boatos de que, com esse show, você quer atingir um público mais adulto e deixar um pouco de lado as adolescentes. Tem alguma verdade nisso?
Na verdade, desde o começo da minha carreira, eu quis fazer música pra família. E a galera me pergunta: “Por que você acha que está tão grande o seu trabalho no Brasil inteiro? Por que você está fazendo shows de leste a oeste?”. Eu acho que é justamente por isso, pela variedade de público, dos mais novinhos, com cinco anos de idade até os 80, 90 anos de idade. E é exatamente isso que eu vejo nos shows e é isso o que me deixa mais feliz.
Luan você consegue ter uma dimensão do que você é? Da marca Luan Santana ou você só sobe no palco, faz seu som e deixa a produção cuidar disso pra você?
Eu me considero muito privilegiado com a educação que eu tive, com a base familiar que eu tive. Graças a Deus a gente deu um passo de cada vez. Eu e o Anderson (empresário) começamos lá de baixo, fazendo shows pequenos, com pouca estrutura, com o som chiando no ouvido, eu comecei com 15 anos no primeiro show que eu fiz. Então, eu não fico pensando muito, não, deu pra me acostumar psicologicamente com isso aos poucos. Então, não tem um momento que eu falo assim: “Não, a partir desse momento eu sou ídolo. A partir desse momento eu sou artista”. Eu acostumei e dei um passo de cada vez.
Luan, o show da gravação do DVD foi interrompido várias vezes por conta de fãs que invadiam o palco e você foi supercarinhoso com elas. Mas, de certa forma, isso estava te deixando impaciente ou você já esperava?
Ah, eu não ligo pra essas coisas. Eu acho que a gente estava ali, era um encontro, era uma coisa bem próxima, eu não ligo. Eu abraçava elas do fundo do coração mesmo. Não atrapalhou, só demorou um pouco mais pra gravar, mas eu não me importo.
Você assistindo ao primeiro DVD e depois a esse, o que mais chama sua atenção? Quais são as maiores diferenças?
Eu acho que esse é muito maior, é muito mais grandioso. A gente teve muito mais tempo pra pensar nas coisas, pra pensar nos detalhes e eu sou muito detalhista, sou muito exigente comigo mesmo. E a gente teve dois meses pra formatar tudo o que estava na nossa cabeça. Foi uma produção minha, direção geral do Anderson, e tudo saiu do coração, eu fiz com muito carinho. Acho que essa é a diferença. E foi muito mais caro também (risos)!
Quando você viu este show pronto o que você pensou? Era exatamente o que você queria ou ficou faltando alguma coisa?
Não, foi tudo certinho, foi melhor do que eu imaginava que ficaria. Até porque, quando tem muita coisa pra acontecer, quando tem muitos detalhes, muitas coisinhas acontecendo, a expectativa é grande porque muita coisa pode dar errado. O catapulte, por exemplo, o melhor pulo que eu dei foi na hora, foi durante a gravação. O desaparecimento no final, eu não tinha desaparecido no ensaio e na hora deu certo, entendeu? Então, tudo ocorreu de forma perfeita.
Qual foi o momento mais emocionante do show?
A abertura. Foi na abertura que eu mais arrepiei, eu estava nervoso e quando eu pulei e bati o pé no chão, olhei em volta e vi a galera toda com aquelas luzinhas, lotado, eu não imaginei que ia estar tão lindo. Eu arrepiei! Tem uma cena que eu passo a mão no braço e estava todo arrepiado!
Tem algum cantor internacional ou até mesmo nacional com quem você tem vontade de fazer um dueto?
Taylor Swift! Eu acho que ela fez uma coisa muito parecida com o que a gente fez aqui. Ela é country, ela trouxe o banjo de volta, que era um instrumento que tinha ficado esquecido e já tinha sido muito usado no country de antigamente, ela trouxe de volta e conseguiu fazer ressurgir o country que já estava um pouco esquecido, levou para os jovens, adultos e velhinhos. Seria legal. Olha eu sonhando aqui...
Você acredita que o seu estilo ainda é sertanejo? Parece que esse termo ficou meio perdido. Na verdade o que eu sinto é que seu som é uma coisa muito mais pop.
Tem elementos, lógico que tem elementos pop. Mas eu acho que o estilo musical... Quando você faz um trabalho com verdade, quando você tem essência... Uma dica que eu dou, pra todo mundo que está começando, é que siga a sua essência, siga aquilo que você aprendeu desde pequeno. E eu nasci escutando música sertaneja, Zezé Di Camargo & Luciano, Milionário & José Rico, João Mineiro & Marciano, Tonico & Tinoco. É lógico que com o passar dos anos, todo estilo é renovado e eu acho que não só o meu estilo está tão apegado ao pop, mas todos os artistas sertanejos de agora estão com uma pegada mais pop. Eu acho que tem mais é que fazer isso mesmo, tem mais é que inovar, mas sem se esquecer da essência e das raízes.
Então, a única coisa que falta a gente adaptar para a estrada, que foi usado no DVD e que ainda não tem é a parte do vôo. O resto todo a gente conseguiu adaptar. Claro que de forma muito menor porque não podia ser transportado, vamos fechar o ano com 18, 20 shows por mês e fica meio inviável se for uma coisa muito grande, muito difícil de transportar. Então a gente fez tudo de forma muito menor, lógico, mas bem em cima do DVD. A galera vai assimilar bastante o show de estrada com o DVD.
E os planos pra você fazer show no exterior? Como que está isso?
Então, estamos esperando que as músicas novas do DVD fiquem na boca da galera, o que já está acontecendo, graças a Deus! Amar Não É Pecado está na novela Morde & Assopra, Um Beijo é primeiro lugar na lista das mais tocadas das rádios do Brasil. Eu acho que uma música que promete bastante também é As Lembranças Vão Na Mala, que é uma composição minha e tem uma pegada bem rock-light. Eu sou muito de ouvir essas coisas também, Nickelback, Creed, então, eu tenho uma influência disso, sem sair do sertanejo, lógico. Depois que essas músicas começarem a tocar bastante, a gente vai pegar as melhores desse trabalho e do outro e vamos gravar em outra língua. Já temos projeto de gravar em espanhol pra conquistar o mercado latino, com certeza.
Como surgiu o convite para a Ivete Sangalo participar desse trabalho? E como foi o contato de vocês nos bastidores?
Eu conheci a Ivete Sangalo no Melhores do Ano de 2010, quando eu ganhei o troféu Revelação. Em um primeiro momento ela não ligou Meteoro à minha imagem, entendeu? Ela não percebeu que quem cantavaMeteoro era eu, até porque a gente estava começando a entrar na mídia, mas desde o primeiro momento ela foi supersimpática, a gente começou a se falar depois disso... E o convite surgiu, eu liguei pra ela, ela atendeu e já aceitou prontamente, não teve frescura e disse “Vambora, vamos gravar!”. Eu queria muito misturar o sertanejo com outro estilo, com o axé. E eu acho que combinou muito porque é um dueto, tem a parte do homem e a parte da mulher, essa coisa bem direta. Eu tinha muita vontade de gravar uma coisa assim. Tocou muito no Carnaval e tá tocando até hoje.
Por que você resolveu gravar esse DVD especialmente no Rio de Janeiro?
Existiam regiões do Brasil que tinham uma certa barreira, uma resistência ainda com o estilo sertanejo e de uns tempos pra cá a gente vê que essa barreira foi quebrada. A gente vê balada sertaneja no Rio de Janeiro sem parar e o sertanejo entrou de uma maneira muito forte na cidade. Pra nós é uma honra ter, talvez, começado com isso. Queríamos provar pra galera que o sertanejo entrou, sim, no Rio, tanto que a gente gravou um DVD lá.
Como foi a experiência de trabalhar como ator? Em Morde & Assopra você não participa de um capítulo só, né? Foram dois ou três dias... Como você sentiu isso? Passou pela sua cabeça dar uma de Daniel e ser protagonista de um filme?
Então, primeiro, eu acho que eu não levo muito jeito pra ser ator. Nas duas participações que eu fiz em novela – em Malhação no começo de 2010 e em Morde & Assopra agora – eu fui levar um show meu, então, eu nunca deixei de ser eu mesmo, eu nunca interpretei papel, nunca fiz nenhum personagem. Eu acho que eu não levo jeito pra ser ator. Meu negócio é cantar, meu negócio é palco mesmo.
Qual foi sua preparação para gravar esse DVD? O que você fez de diferente?
Então, antes da gravação do DVD eu estava nervoso demais. A minha fonoaudióloga me acompanhou durante toda a semana pra que eu chegasse com a voz impecável no dia da gravação. Na verdade, não teve muita preparação porque eu tava nervoso demais, eu não ia conseguir fazer nada... A gente reuniu a banda inteira, eu conversei com os convidados para que eles ficassem tranquilos, mas eu estava muito nervoso pra deixá-los tranquilos! No fim gente reuniu a banda inteira e rezamos pra caramba... Mas não teve nenhuma preparação específica.
E agora, com o lançamento, qual a sua expectativa?
Então, a gente espera que esse DVD supere o número de vendas do primeiro. Ano passado a gente fechou como maior vendedor de discos com Luan Santana Ao Vivo e por esse trabalho ser muito maior, por esse projeto ter sido um show muito mais grandioso, esperamos que seja bem maior a venda também. A expectativa é da melhores possíveis, as músicas estão na mesma linha do primeiro DVD, é lógico que sempre inovando e a gente já começou com o pé direito, com a música na novela, Um Beijo em primeiro lugar, tá muito bom!
Você conseguiu lotar uma casa no Rio com adolescentes. No DVD, a gente vê algumas chorando, se descabelando, esgoelando... Eu queria saber como é que você lida com esse assédio? Você já correu algum perigo nas mãos de uma delas?
Esses dias teve um show no interior de São Paulo e na hora em que eu saí do palco eu vi que ela estava escondida debaixo da escada. Eu tô até agora com a marca aqui no braço. Tá um roxão meio verde, porque ela conseguiu apertar as unhas em mim. Mas eu acho que cada fã tem a sua forma de demonstrar o seu carinho e eu consigo, graças a Deus, respeitar as pessoas. Tem as mais atiradas, as mais recatadinhas, mas o importante é que todas são fãs e todas me ajudaram a chegar onde eu estou. Eu adoro esse assédio, eu adoro essa proximidade. Sempre que eu posso estar próximo delas eu fico. Tanto que no DVD, eu não quis o palco muito alto pra não ficar muito longe. Eu gosto da proximidade do público.
Luan, você não tem uma carreira internacional ainda como a Ivete não tinha, mas ela fez um show noMadison Square. Você tem uma produção digna de show internacional. Você pensa em levar esse show pra fora do Brasil, para brasileiros que moram fora do Brasil?
Com certeza. Não só para brasileiros, eu acho que a gente tem que pensar grande, tem que ir além. É aquilo que eu falei, vamos só esperar um pouco mais do lançamento, vamos escolher algumas músicas desse, algumas músicas do passado, gravar em outra língua e levar o nosso show pra lá, se Deus quiser. Com certeza!
Queria que você falasse um pouco mais da participação do Zezé e do Luciano que acho que devem ser ídolos, exemplos pra você na sua carreira.
Sempre fui muito fã deles. Quando eu nasci, em 91, foi o ano que eles estouraram com É o Amo re eu cresci vendo o sucesso, vendo a história de vida deles e me inspirando na história de vida e na musicalidade deles também. No primeiro CD, eu gravei Apaixonado / A Loira do Carro Branco que é uma música mais curta e, acima de tudo, uma história bacana. Nesse segundo, eu queria fazer a mesma coisa e gravar uma música mais curta, com uma história bacana também. Aí eu escolhi Amor Distante que é do Trio Parada Dura, de quem eu, o Zezé e o Luciano somos muito fãs. A segunda é Inquilina de Violeiro que é de uma dupla lá de Mato Grosso, chamada Cacique e Pajé, que também é uma história muito bacana.
Eu vi no DVD que você vai doar os lucros para a caridade. Queria que você falasse um pouco sobre isso.
Na verdade eu faço isso desde o primeiro DVD, a gente doa tudo o que eu ganho, toda a minha parte, que eu ganho com CD e DVD, a gente doa para as entidades. Já tem as entidades certas que a gente ajuda, inclusive, há algum tempo atrás, a gente conseguiu reformar o hospital da AACC lá de Campo Grande. Cada suíte tem o nome de uma música nossa. Eu acho isso muito importante. Acho que isso é dever de todo cidadão que tem condições de ajudar e tudo o que eu vender desse CD e DVD vai ser doado.
Luan, a gente ouviu alguns boatos de que, com esse show, você quer atingir um público mais adulto e deixar um pouco de lado as adolescentes. Tem alguma verdade nisso?
Na verdade, desde o começo da minha carreira, eu quis fazer música pra família. E a galera me pergunta: “Por que você acha que está tão grande o seu trabalho no Brasil inteiro? Por que você está fazendo shows de leste a oeste?”. Eu acho que é justamente por isso, pela variedade de público, dos mais novinhos, com cinco anos de idade até os 80, 90 anos de idade. E é exatamente isso que eu vejo nos shows e é isso o que me deixa mais feliz.
Luan você consegue ter uma dimensão do que você é? Da marca Luan Santana ou você só sobe no palco, faz seu som e deixa a produção cuidar disso pra você?
Eu me considero muito privilegiado com a educação que eu tive, com a base familiar que eu tive. Graças a Deus a gente deu um passo de cada vez. Eu e o Anderson (empresário) começamos lá de baixo, fazendo shows pequenos, com pouca estrutura, com o som chiando no ouvido, eu comecei com 15 anos no primeiro show que eu fiz. Então, eu não fico pensando muito, não, deu pra me acostumar psicologicamente com isso aos poucos. Então, não tem um momento que eu falo assim: “Não, a partir desse momento eu sou ídolo. A partir desse momento eu sou artista”. Eu acostumei e dei um passo de cada vez.
Luan, o show da gravação do DVD foi interrompido várias vezes por conta de fãs que invadiam o palco e você foi supercarinhoso com elas. Mas, de certa forma, isso estava te deixando impaciente ou você já esperava?
Ah, eu não ligo pra essas coisas. Eu acho que a gente estava ali, era um encontro, era uma coisa bem próxima, eu não ligo. Eu abraçava elas do fundo do coração mesmo. Não atrapalhou, só demorou um pouco mais pra gravar, mas eu não me importo.
Você assistindo ao primeiro DVD e depois a esse, o que mais chama sua atenção? Quais são as maiores diferenças?
Eu acho que esse é muito maior, é muito mais grandioso. A gente teve muito mais tempo pra pensar nas coisas, pra pensar nos detalhes e eu sou muito detalhista, sou muito exigente comigo mesmo. E a gente teve dois meses pra formatar tudo o que estava na nossa cabeça. Foi uma produção minha, direção geral do Anderson, e tudo saiu do coração, eu fiz com muito carinho. Acho que essa é a diferença. E foi muito mais caro também (risos)!
Quando você viu este show pronto o que você pensou? Era exatamente o que você queria ou ficou faltando alguma coisa?
Não, foi tudo certinho, foi melhor do que eu imaginava que ficaria. Até porque, quando tem muita coisa pra acontecer, quando tem muitos detalhes, muitas coisinhas acontecendo, a expectativa é grande porque muita coisa pode dar errado. O catapulte, por exemplo, o melhor pulo que eu dei foi na hora, foi durante a gravação. O desaparecimento no final, eu não tinha desaparecido no ensaio e na hora deu certo, entendeu? Então, tudo ocorreu de forma perfeita.
Qual foi o momento mais emocionante do show?
A abertura. Foi na abertura que eu mais arrepiei, eu estava nervoso e quando eu pulei e bati o pé no chão, olhei em volta e vi a galera toda com aquelas luzinhas, lotado, eu não imaginei que ia estar tão lindo. Eu arrepiei! Tem uma cena que eu passo a mão no braço e estava todo arrepiado!
Tem algum cantor internacional ou até mesmo nacional com quem você tem vontade de fazer um dueto?
Taylor Swift! Eu acho que ela fez uma coisa muito parecida com o que a gente fez aqui. Ela é country, ela trouxe o banjo de volta, que era um instrumento que tinha ficado esquecido e já tinha sido muito usado no country de antigamente, ela trouxe de volta e conseguiu fazer ressurgir o country que já estava um pouco esquecido, levou para os jovens, adultos e velhinhos. Seria legal. Olha eu sonhando aqui...
Você acredita que o seu estilo ainda é sertanejo? Parece que esse termo ficou meio perdido. Na verdade o que eu sinto é que seu som é uma coisa muito mais pop.
Tem elementos, lógico que tem elementos pop. Mas eu acho que o estilo musical... Quando você faz um trabalho com verdade, quando você tem essência... Uma dica que eu dou, pra todo mundo que está começando, é que siga a sua essência, siga aquilo que você aprendeu desde pequeno. E eu nasci escutando música sertaneja, Zezé Di Camargo & Luciano, Milionário & José Rico, João Mineiro & Marciano, Tonico & Tinoco. É lógico que com o passar dos anos, todo estilo é renovado e eu acho que não só o meu estilo está tão apegado ao pop, mas todos os artistas sertanejos de agora estão com uma pegada mais pop. Eu acho que tem mais é que fazer isso mesmo, tem mais é que inovar, mas sem se esquecer da essência e das raízes.
Eu fico muito lisonjeado. Você deve estar falando isso por causa do Faustão (03/04), muitas pessoas me elogiaram, inclusive o João Carlos Martins, que é o maestro que era pianista, que eu acho que é um exemplo muito legal de superação; Lulu Santos, toda a galera que falou de mim; Roberto Menescal, que é o pai da Bossa Nova no Brasil... E ver essas pessoas elogiando a gente, comparando a gente com nomes que são eternos da música mundial é maravilhoso! Eu acho que qualquer artista sonharia em estar onde eu estou. Isso acontece quando a gente faz o trabalho com verdade, quando se faz tudo com o coração, não se força nada e quando você não deixa ninguém te mudar, você é o que você é e as pessoas gostam de você por isso. Quando tem verdade, acho que dá certo. Quando é forçado, acho que não dura. Acho que a gente já provou pra todo mundo que a gente veio pra ficar.
Você é jovem ainda, tem que curtir a vida além de trabalhar. Como você lida com o assédio da imprensa em relação à sua vida pessoal?
Eu já tive tempo pra me acostumar muito com isso aí. Eu tô muito de boa já. Eu batalhei muito pra chegar onde estou e não quero o anonimato de jeito nenhum. A galera me pergunta: “do que você sente falta da vida de antes e tal?”. O único lado ruim que eu vejo nisso tudo é a falta de tempo pra mim mesmo, a falta de tempo pra eu visitar os meus familiares, os meus amigos. Mas eu acho que tem muito mais coisa boa que aconteceu comigo do que ruim, sem dúvida nenhuma.
No YouTube, tem alguns vídeos da sua apresentação com a Belinda e dá pra ouvir suas fãs gritando: “solta ele, larga ele”, definitivamente, morrendo de ciúme. Na hora, deu pra ouvir alguma coisa?
(risos) Não! Na hora eu não percebi nada, não! Foi depois que eu vi. Mas é normal. Eu achei que combinou muito a música, que rolou bastante química. Eu acho muito importante isso, eu acho que não adianta você chamar uma participação sem ter nada a ver. E a Belinda, eu acho que a gente combinou bastante, a música fala uma história bem bonitinha, tem uma parte em espanhol, outra parte em português, eu tinha muita vontade de gravar uma música em duas línguas também e ficou legal. Eu gostei!
Luan, como é seu dia a dia? O que um artista que está no seu patamar tem que fazer? Você cuida da voz, tem aula de violão, está estudando outros instrumentos, faz exercícios... O que você faz?
Eu tenho um cuidado muito especial com a voz. É o meu instrumento e acho que é a coisa que eu mais tenho que tomar cuidado. Eu tenho uma fonoaudióloga, que é a Janaína Pimenta, e ela me acompanha em alguns shows, me passa alguns exercícios que eu faço durante o dia também. Eu comecei a fazer academia agora que é muito importante pra voz e para o fôlego em cima do palco. Vamos ver se eu vou dar continuidade porque eu já comecei umas 500 vezes e parei. Mas agora eu estou bem empenhado, apesar da falta de tempo!
Luan, nesse DVD você vai um pouco além do só fazer um show. Eu queria saber se você pensa em próximos passos na sua carreira, em produzir, trabalhar com trilha sonora, fazer mais do que uma turnê... Produzir um outro artista, gravar em estúdio ou desenvolver algum projeto diferente?
Eu penso que, talvez, o nosso próximo projeto deva ser alguma coisa em estúdio, alguma coisa mais intimista, vamos dizer assim. Mas essa questão de produzir, eu sempre produzi. Desde a primeira música que eu gravei na minha vida, eu sempre participei, eu sempre quis estar inteirado. Por isso que eu nunca vou sair desse estilo. Sempre vai ser a minha cara porque eu participo de tudo.
Qual seu perfume feminino preferido?
Eu gosto do Alien.
Quando você começar a namorar, você vai contar para as suas fãs imediatamente ou vai esperar uns três, quatro, cinco meses pra ver se é rola antes de contar?
Vou falar na hora, quando eu começar a namorar, os primeiros a saber vão ser os meus fãs.
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